Tenho estado a trabalhar no Gabinete do meu orientador, na Universidade do Minho. Toca o telefone. Eu até não costumo atender, mas como a Caxineira estava comigo e podia ser para ela, atendo.
- Bom dia (digo eu)
- (...) silêncio
- Bom dia? Estou?
- De onde é que fala? (já com sotaque trengo)
- Fala da Universidade do Minho (digo eu, já à espera que me saísse uma trenguice de uma pessoa que liga para um número fixo e depois pergunta de onde é que fala...)
- É do gabinete do Professor?
(O génio... sim, o gabinete do professor... claro que na Universidade do Minho só deve haver um professor...)
- (Encho-me de fôlego e respondo) sim, se quiser dizer o professor «X», é do gabinete do professor.
- Ah... Mas é ele que fala?
- (agora ainda mais folego... garanto que a minha voz não deixa grandes dúvidas quanto à minha pertença de género, nem o meu orientador é transsexual) - não, o professor não está. Quer deixar recado?
- Deixe estar eu telefono mais tarde...
(Irra... que há gente mesmo muito burra)
(Filipa S.)
Sem comentários:
Enviar um comentário