Claro que neste Blog não poderia faltar a discussão sobre o Processo de Bolonha. Este relatório vai muito provavelmente determinar o modelo e organização dos cursos de Psicologia nos próximos anos. O documento encontra-se ainda em discussão pública no Ministério da Ciência, Inovação e Ensino Superior (http://www.mcies.pt/?id_categoria=57&id_item=1953)
Neste momento tão decisivo, um grupo de Professores de várias universidades portuguesas (incluindo a Universidade do Minho) elaborou um documento (este não está disponível online mas se enviarem um mail para o Departamento de Psicologia da UM podem arranjá-lo) com uma reflexão crítica sobre o relatório, incluindo no mesmo um conjunto de propostas específicas para a alteração de determinados pontos. Os autores deste documento pedem a subscrição do mesmo até dia 25 de Janeiro, dado que qualquer sugestão terá de entrar até dia 31 de Janeiro no site do Ministério para ser aceite . Esta será uma decisão que nos afectará a todos e por isso mesmo não podemos ficar de fora desta discussão.
Deixo aqui no blog uma questão: como poderá influenciar/afectar este novo currículo os licenciados em Psicologia pré Processo de Bolonha?
quarta-feira, janeiro 19, 2005
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Bem, parece-me evidente que vai haver repercussões. Se os cursos ficam mais breves, mas não dão licença para exercer, e os mestrados vão passar a ser 1 só ano, o mais lógico será que toda ou quase toda a gente vá passar a ter mestrado. E para tal, terão estudado tanto tempo como nós, para obter a licenciatura... mas vão passar à frente de quem só estiver licenciado.
Por alguma coisa é que quis meter-me logo em mestrado. E aconselho-vos a fazer o mesmo, porque em breve, só a licenciatura, não vai chegar. Já agora, aconselho-vos a escolher melhor do que eu, mas façam isso!
Eu cá pensso que, no nosso curso, o tratado de blonha não terá qualquer efeito nefasto nos alunos já licenciados. Pelo que tenho lido, concluo que o Tratado de bolonha não passa de um processo "pra inglês ver", pelo menos, ao nível português, pois trata-se de uma forma de autofinanciar cursos superiores, com mestrados que, apesar de obrigatórios para a conclusão de licenciaturas, são bem pagos pelos alunos às universidades. Além do mais, tais cursos não são sustentados por estágios, saindo os alunos para o mercado de trabalho sem qq experiencia profissional, e não há mestrado que valha isso. E, na prática, hoje em dia o que é que se faz com um mestrado? Nada, a não ser colocar o diploma numa parede...
Outro senão do tratado de bolonha é o de colorir os currículos com um asto leque de cadeiras que, na prática, acabam por ficar na sua maioria no papel, pois para abrirem necessitam de um nº mínimo de alunos.
Por estes e outros motivos, não invejo os alunos abrangidos por este tratado
Abraço
Enviar um comentário