Assisti a um programa na RTP2 onde uma psicóloga Clínica, um pediatra e uma fulana de uma associação de mulheres falavam sobre "A moda do filho único". Até uma certa altura aquilo pareceu-me até coerente, mas depois quando entrou na questão do dinheiro a coisa descambou um bocado. Disse a tal da associação de mulheres que o dinheiro não era para ali chamado, porque estamos é numa sociedade consumista em que os pais querem mais e mais para os filhos: os bébés têm 3 a 4 papas à disposição, 3 cadeirinhas, um berço e uma cama, etc.. Ora bem, não é que discorde da afirmação, no entanto dizer que não depende da economia familiar a opção de ter um, dois ou mais filhos é talvez levar o argumento ao exagero. Se não vejamos, muitas das coisas que a Bia tem (cadeirinhas, roupas e carrinho) foram emprestados ou oferecidos(obrigado aos amiguinhooos) e mesmo assim gastamos muito dinheiro. O exemplo mais flagrante é o facto de uma lata pequeníssima de leite (425g - dura mais ou menos uma semana) para a Bia custar 21,48€. O leite não é comparticipado (era até há uns meses atrás, mas o governo achou por bem retira-lo), é um leite especial para crianças que podem ter alergias. Felizmente a Bia vai poder mudar de leite!!
Não pretendo ter apenas um filho, contudo, não teria coragem de ter mais do que dois. Se pensarmos que terei de pagar 180€ por mês para ter a Bia num Berçário, imaginem o que será ter um filho na escola (pública, é claro), um no infantário e um no berçário? Ia à falência!! Cadeirinhas e apetrechos à parte, ter um filho é uma responsabilidade e a questão económica é importante; não é essencial e não há a altura ideal, mas convém não ficarmos com as calças na mão!!
Sem comentários:
Enviar um comentário