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domingo, maio 01, 2005

Psicólogos: que futuro?

Estamos a uns meses de sair uma nova fornada de psicólogos…fresquinhos, acabadinhos de sair da universidade e cheios de vontade de mudar o mundo. Espero que não percam essa genica ao fim de alguns meses…
Pertenço a fornada anterior e cheguei à conclusão que muitos dos meus colegas estão desesperados com a ausência de emprego…uns até lançam a ideia de tirar um novo curso! Nesta época de crise, compreende-se que seja muito mais difícil alguém contratar um licenciado em Psicologia…as clínicas estão a fechar (os contratos com a Segurança social escasseiam e a mina de ouro começou a secar as suas fontes), as escolas não têm dinheiro para contratar, os concursos públicos contam-se pelos dedos de uma mão e as ideias luminosas começam a esgotar-se.
Se não estavam conscientes da dificuldade que seria enfrentar o mundo profissional… bem vindos ao mundo real! Para os que pensavam que era só tirar o canudo para chover propostas de emprego… as coisas não são assim tão simples!! O importante, no fundo, é não desistir, lutar para que as coisas mudem também depende de nós: quando vamos votar, quando percebemos o que está mal e não nos mexemos para que mude. Temos um mundo tão perfeito quando estamos na universidade que as coisas passam ao lado… ponham a vossa cidadania em movimento enquanto é tempo!

1 comentário:

Anónimo disse...

Pois é... eu espero pertencer a esta "fornada", já que me começo a sentir como o pão demasiado bem cozido: há muito tempo no calor...
As coisas não são cor-de-rosa, mas também devemos recordar-nos que sempre nos pintaram o mundo de preto desde que começamos um percurso académico - ele é as notas do secundário, cuidado com a média senão não há Universidade, ele é o ano de caloiro, cuidado com as bebedeiras e festas senão chumbas...
Depois de todos estes cuidados, onde está a mãozinha amiga que nos dá o aconchego do primeiro emprego, a certeza do primeiro salário? Pois é, meus amigos... Não há! Quem quer tem que fazer pela vida, procurando e esforçando-se... Passamos demasiado tempo com os traseiros no conforto das nossas cadeiras de salas de aulas, para nos preocuparmos com o futuro que, um dia, passa a presente...
Aqui fica o conselho: façam ouvir a vossa voz, mas não se fiquem por aí - protestar sem mudar de nada serve...

Bjocas laranjas

Leonor